sábado, 26 de fevereiro de 2011


''Não há melhor lugar para Te encontrar, do que dentro de mim. ''

Essa frase da música Procura do Khorus, diz muita coisa. A primeira, pelo menos pra mim, é que muitas vezes nós procuramos Deus muito longe. O procuramos em locais distantes e muitas vezes quase impossíveis de serem alcançados, mas na verdade Ele está aqui, pertinho. Ou melhor, mais que perto, Ele está dentro. O caminho, a verdade, a liberdade mora dentro de nós e a gente esquece. E sabe porquê? Porque muitas vezes nós nos distanciamos do que está no coração, a gente se deixa levar por outras coisas e nos afastamos por conta própria, e dizemos ‘’Porque me deixastes, Deus?’’ mas em nenhum momento Ele deixou. Nós que o anulamos, o camuflamos no coração. Ele quer falar, mas a gente não deixa, ele quer demonstrar Seu amor, mas a gente não deixa, ele quer nos dar o melhor dessa terra, mas A GENTE não deixa. Porque nós nos embriagamos num mundo só nosso, cheio de escolhas sem nenhum fundamento em Deus, cheio de idéias contraditórias, cheio de dor e sofrimento, muitas vezes escondido por uma falsa satisfação, que logo acaba. Porque o momento ruim vem e a gente se vê sem chão.. essa é a diferença de quem está agarrado a Deus e quem está longe: o que está agarrado pode passar por situações difíceis,mas elas serão aprendizado e receberão consolo do ESPIRÍTO SANTO. Já quando a gente não tem Deus.. bem.. a gente conhece muitas das conseqüências que um coração perturbado pode causar, não é?
Mas a grande questão para qualquer pessoa hoje em dia é conseguir perceber que Deus está dentro de si próprio, e reconhecê-lo ali dentro, do coração. E fazê-lo transparecer em suas decisões, atitudes, escolhas. Que a gente não procure Deus em lugares distantes, em coisas impossíveis e estrondosas.. Ele está em grandes coisas também, mas para você, quando o reconhece, o maior lugar é o seu coração.. habitado por Ele e assim, sua vida refletida em Seu amor.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


Hoje senti vontade de reler alguns capítulos de gênesis, e li novamente sobre a tão famosa história de José. E é incrível como Deus diz que a palavra se renova a cada manhã e se renova mesmo! Hoje eu já tive um novo ensinamento sobre a vida e as escolhas de José, percebi além de um servo de Deus que sofreu muito, mas depois recebeu a recompensa. No início eu até agi de forma leviana – admito – como muitos cristãos, que às vezes questionam a Deus (às vezes?), nos perguntamos: mas porque tal pessoa precisou passar tanto sofrimento? Não podia ter sido algo mais leve? E com isso tudo o que eu senti no meu coração – que Deus tem um propósito para cada vida. Ele sabe o que cada um necessita e qual é a sua história, e ninguém mais perfeito pra saber o que é o melhor pra você do que aquele que o criou, certo? Ele sabe quais serão as situações que te farão forte e sabe também (assim como nós também sabemos) que Ele podia nos dar a sabedoria a qualquer momento, mas isso não é o ideal. E sabe por quê? Porque Deus quer que a gente faça escolhas. Ele deu o livre arbítrio e também deu as leis para seguirmos – sua palavra – e deseja que parta de nós a vontade, o querer. E também são com nossas experiências que aprendemos muitas coisas sobre a vida, sobre Deus e sobre o mundo. Muitas são as situações que o Pai permite que passemos para que nós mesmos possamos entender e aprender e se aperfeiçoar mais. No caso de José, ele sofreu bastante, foi vendido pelos irmãos, assediado pela esposa de seu patrão e preso injustamente, mas cadê que ele ficou pra cima e pra baixo reclamando? Não! Ele continuava adorando a Deus e fazendo o seu trabalho com excelência onde estivesse, no entanto que na prisão o carcereiro o deixou encarregado de cuidar dos outros presos. Onde mais isso aconteceria? Aliás, com quem mais aconteceria? José sempre foi fiel e embora tenha passado por bons bocados nunca perdeu a fé e nunca desistiu. Ele nunca se desviou do foco: Deus. E foi recompensado grandemente, se tornando assim governador do Egito.
Talvez você não se torne o governador do seu estado, ou o presidente do Brasil, e não chegue nem a ser presidente da associação de moradores do seu bairro, mas Deus vem te dizer que você pode muito sim! Muito quando depositar toda a sua confiança nEle, de fato, se entregar e não se desviar do foco. Todos nós sabemos que é difícil, que por sermos pecadores é bastante complicado resistir às investidas do inimigo e as atrações do mundo; mas quando a gente consegue manter o foco, sem desviar, do nosso Salvador, tudo se transforma. Assim como diz lá em Hebreus 12: 2, que conservemos nossos olhos fixos em Jesus porque é por meio dEle que a nossa fé começa e Ele a aperfeiçoa.. então, se mantermos sempre o foco em Jesus Cristo vai ser bem mais fácil resistir as tentações que o mundo nos oferece, e bem mais fácil também seguir firmes na caminhada com Jesus.
Então é isso, que a gente procure a cada dia nos parecer com Cristo, manter o foco nEle e nos lembrarmos da fé e da perseverança de José, que se fosse qualquer outra pessoa se daria por vencido e abandonaria Deus na primeira dificuldade, mas ele aguentou até o fim e recebeu o fruto da sua obediência, do seu amor. Que possamos amar a Deus tanto, a ponto de termos a confiança inabalável que José tinha pelo Senhor.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Esse post é um trecho do livro ''Eu disse adeus ao namoro'' do Joshua Harris, um livro muito bom e abençoado.. senti o desejo de compartilhar esse texto pq nos faz lembrar de um sacrifício lindo feito na cruz e nos traz a memória aquela força que todo cristão deve ter pra batalhar contra o pecado.


Naquele estado entre estar acordado e estar sonhando, me encontrei em um quarto. Não havia nada que me chamasse atenção exceto por uma parede coberta de arquivos de gaveta com fichas. Eles eram como aqueles de biblioteca que listam os livros por autor ou assunto em ordem alfabética. Mas estes arquivos, que iam do chão ao teto e não pareciam ter fim em cada lado, tinham cabeçalhos muito diferentes. Ao me aproximar da parede de arquivos, o primeiro a me chamar atenção foi o intitulado ‘’Garotas de quem eu gostei’’ Eu o abri e comecei a passar o olho nas fichas. Rapidamente eu fechei a gaveta, chocado pelo fato de reconhecer os nomes que estavam escritos em cada ficha. E então sem ninguém me contar, eu soube exatamente onde estava. Este quarto sem vida com os seus pequenos arquivos era um sistema de catalogação da minha vida. Ali estavam anotadas as ações de cada momento meu, grande ou pequeno, com um detalhe que a minha memória não poderia igualar. Fui tomado por uma sensação de admiração e curiosidade, acompanhada de horror, quando comecei a abrir os arquivos aleatoriamente e explorar os seus conteúdos. Alguns me trouxeram alegria e agradáveis memórias; outras uma sensação de vergonha e arrependimento tão intensa que até olhava por cima do ombro pra ver se havia alguém observando. Um arquivo chamado ‘’amigos’’ estava ao lado de um marcado ‘’amigos a quem traí. ’’ Os títulos variavam de mundano até os mais esquisitos ‘’Livros que eu li’’ ‘’Mentiras que contei’’ ‘’Conforto que ofereci’’ ‘’Piadas de que eu ri’’ Alguns eram até hilariantes em sua exatidão: ‘’Coisas que gritei contra meus irmãos’’. De outros não pude rir: ‘’Coisas que fiz movido pela raiva’’ ‘’coisas que murmurei contra os meus pais’’. Eu sempre ficava surpreso pelo conteúdo. Frequentemente havia muito mais fichas do que eu esperava. Às vezes havia menos do que eu desejava. Fui esmagado pelo volume completo de vida que havia vivido. Haveria a possibilidade de eu ter tido nos meus vinte anos de escrever cada uma destas milhares, possivelmente milhões de fichas? Mas cada ficha confirmava essa verdade. Cada uma delas estava escrita com minha própria caligrafia. Cada uma assinada com a minha assinatura.
Quando abri o arquivo chamado ‘’Canções que ouvi’’, eu me dei conta de que os arquivos cresciam em profundidade para caber o seu conteúdo. As fichas estavam guardadas bem apertadas, e ainda sim no final de dois ou três metros, ainda não tinha chegado ao fim da gaveta. Eu a fechei, envergonhado, nem tanto pela qualidade da música, mas pela enorme quantidade de tempo que eu sabia que aquele arquivo representava. Quando cheguei a um arquivo chamado ‘’pensamentos impuros’’, senti um frio percorrer pelo corpo. Abri o arquivo apenas uns dois centímetros, sem querer testar o seu tamanho. Arrepiei com o conteúdo detalhado. Me senti mal só de pensar em que um momento como aquele tinha sido registrado. De repente senti uma raiva quase animal. Um pensamento dominava minha mente ‘’Ninguém jamais deverá ver estas fichas! Ninguém jamais deverá ver este quarto! Tenho que destruí-las!’’ Com uma fúria insana puxei o arquivo para fora. O seu tamanho não importava agora, eu tinha que esvaziá-lo e queimar as fichas. Mas ao pegar o arquivo numa ponta e batê-lo no chão, não consegui deslocar nenhuma ficha. Fiquei desesperado e tirei uma ficha, apenas para descobrir que ela era forte como o aço quando tentei rasgá-la.
Derrotado e absolutamente desamparado, guardei o arquivo no seu lugar. Apoiando a testa contra a parede, soltei um longo suspiro de autocomiseração. E então eu o vi. O título dizia ‘’Pessoas a quem compartilhei o evangelho’’. O puxador estava mais brilhante que aqueles ao seu redor, mais novo, quase sem uso. Eu puxei a gaveta e saiu na minha mão uma pequena caixa de no máximo oito centímetros de comprimento. Eu podia contar as fichas numa mão. E então vieram as lágrimas. Comecei a chorar. Os soluços eram tão profundos que a dor começava no estômago e me sacudia todo. Caí de joelhos e chorei. Gritei sem constrangimento, por causa da esmagadora vergonha de tudo aquilo. As fileiras de gavetas dos arquivos giravam em meus olhos cheios de lágrimas. Ninguém jamais deveria saber desse quarto. Eu deveria trancá-lo e esconder a chave. Mas então, ao limpar as lágrimas, eu O vi. Não, por favor, Ele não. Não neste lugar. Ô, qualquer um, menos Jesus.
Eu assistia, sem poder fazer nada, enquanto Ele começava a abrir os arquivos e ler as fichas. Eu não agüentava ver a Sua reação. E nos momentos em que consegui olhar na sua face, eu vi uma tristeza mais profunda do que a minha. Parecia que Ele intuitivamente ia para as piores caixas. Porque Ele tinha que ler cada uma delas?
Finalmente Ele se virou e me olhou lá do outro lado do quarto. Ele olhou pra mim cheio de compaixão que não me deixou irado. Abaixei a cabeça, cobri o meu rosto com as mãos e comecei a chorar de novo. Ele se aproximou e colocou Seu braço em volta de mim. Ele poderia ter dito tantas coisas, mas não disse uma palavra, apenas chorou comigo. Depois Ele se levantou e voltou para a parede de arquivos, começando em uma ponta do quarto, ele tirou um arquivo e, de um em um, começou a assinar o Seu nome em cima do meu em cada cartão. ‘’Não’’ eu gritei, correndo em sua direção. Tudo que consegui dizer foi: ‘’Não, não’’ enquanto tirava a ficha de sua mão. O nome Dele não deveria estar naquelas fichas. Mas lá estava Ele, escrito em vermelho tão rico, tão escuro, tão vivo. O nome de Jesus cobria o meu. Estava escrito com o Seu sangue. Ele delicadamente pegou a ficha de volta. Ele sorriu um sorriso triste e continuou a assinar todas as fichas. Acho que jamais compreenderei como Ele o fez tão rapidamente, mas no próximo instante parecia que Ele fechava o último arquivo e voltava para o meu lado. Ele colocou a sua mão em meu ombro e disse: ‘’Está consumado’’. Me levantei, e Ele me guiou para fora do quarto. Não havia trancas na porta. Ainda havia fichas a serem preenchidas.

Para pecadores como você e eu, existe uma boa notícia: Cristo pagou a nossa dívida. Ele cobriu o nosso pecado com o Seu sangue; Ele esqueceu do passado. A pureza começa hoje. ‘’Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz’’ (Rm 13:12). Reconhecidamente alguns terão mais para deixar de lado do que outros – mais memórias, mais sofrimentos, mais desgostos. Mas o passado não precisa determinar o futuro. Nós temos escolhas nesse momento sobre como viveremos. Será que vamos colocar nosso coração em Deus e andar em Seus caminhos? ‘’Comportemo-nos com decência,’’ continua a passagem de Romanos ‘’... não em orgias e bebedeiras.. Pelo contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne.’’ (Rm 13:13-14)
Nenhum de nós pode se apresentar diante de Deus completamente puro. Todos somos pecadores. Mas independente de quão imundos sejam os trapos de nossa violação, em um momento de verdadeira entrega, o coração voltado para Deus, perde a sua impureza. Deus nos veste da retidão de Cristo. Ele não vê os nossos pecados, Ele transfere a pureza de Jesus para nós. Então se veja como Deus o vê – vestido de branco radiante, puro, justificado.  

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O início da marcha nupcial e todos os convidados de pé, anunciavam que a noiva já havia subido a escadaria da linda e enorme igreja e começava a dar os primeiros passos no tapete vermelho. Suian, a noiva, não podia se conter de tanta alegria e nervosismo. Suas pernas tremiam e seu coração batia forte, e acelerou ainda mais quando viu Roberto, seu noivo, no altar. Ele estava lindo, como nunca antes, seu rosto emanava alegria e seus olhos brilhavam de tanto amor. Sorriu ao lembrar-se de tudo que havia agüentado para chegar até ali, as lutas interiores, as lutas contra a carne, contra os desejos, as orações intermináveis, o compromisso. Suian e Roberto tinham um amor puro e agüentaram tudo sem desistir nos três anos de namoro e no um de noivado; resistiram até o fim. E hoje estavam ali, puros a espera do grande momento em que aguardaram por tanto tempo. Suian se orgulhava do seu vestido branco, e sentia-se feliz por ele estar representando a verdade no corpo dela – a pureza.
Enquanto andava até o altar, de braços dados com seu pai, observava cada pessoa que estava ali para prestigiar o seu momento. Viu Adriana, sua amiga de anos, que não parava de chorar, sempre acreditara que a amiga conseguiria chegar naquele momento e se emocionava por isso. A noiva lembrou que os planos de sua querida amiga também tinham sido os mesmos um dia, mas depois que conheceu Lucas, bem.. seus planos mudaram um pouco de direção, em um ano e meio de namoro engravidou e hoje, aos 22 anos, sua filhinha tem sete anos e ela só fala com o pai da garotinha – que há oito anos atrás Adriana dizia ser o amor de sua vida pra sempre – por telefone e olhe lá, e ainda assim só pra acertar assuntos sobre a filha, e quando entram em algum desacordo o que resulta é uma bela discussão, regada a palavrões e insultos.
Mais a frente Suian avistou Marta, outra amiga de adolescência, que tinha marcada no olhar uma dor, uma dor visível a quem é que quisesse ver. Marta que sempre fora pavio curto, não agüentou os limites do pai na adolescência e fugiu de casa aos quinze anos, a partir daí não quis mais se importar com nada que lembrasse a decência. Envolveu-se com caras que não prestavam e não se importava em nutrir relacionamentos duradouros e compromissados, só queria ‘’curtir’’ a vida, aproveitando de tudo que os jovens acreditam ser a diversão. Tratou as pessoas como descartáveis, se entupiu de tóxicos e acabou sozinha, dependente, sem ninguém que se preocupasse de verdade com ela. Tentou suicídio por duas vezes e não conseguiu, acabou aceitando a ajuda da família e foi para uma clínica de reabilitação e hoje está tentando vencer os vícios, mas acabou contraindo uma HIV e além de lutar contra suas dependências, ainda precisa de muita força de vontade para prosseguir com o tratamento contra a doença e manter-se viva.
E lá no altar Suian viu outra grande amiga da época do colégio, que agora era sua madrinha de casamento, Noemi. E ao lado dela, Daniel, seu marido. Percebeu mesmo de longe, uma grande mancha roxa um pouco abaixo do olho esquerdo de Noemi, a maquiagem não deve ter conseguido disfarçar – mais uma vez, pensou Suian. A noivinha não se agradou nada, nada de que Daniel fosse o seu padrinho, mas como ela havia prometido desde o ensino fundamental que quando casasse Noemi seria a sua madrinha e como ela era uma grande amiga, não podia a deixar de fora – e nem queria. O que não queria na verdade, era o marido dela, mas fazer o quê, era marido, tinha que fazer par com ela. Noemi começou a namorar Daniel no primeiro ano do ensino médio e estavam juntos até hoje, mas ele sempre foi extremamente machista e preconceituoso, e além de já ter começado com suas agressões na época do namoro. As amigas tentavam abrir seu olho, mas Noemi nunca quis escutar ‘’Eu o amo demais gente!’’ era só o que sabia falar, e hoje, depois de tantos anos ao lado dele tornou-se dependente. Daniel não a deixa trabalhar, agride a ela e aos filhos e além de não ter o menor respeito, ainda mantém casos fora do casamento e todos sabem, só Noemi que finge não ver. E quem sofre com esse lar debilitado são as três crianças, que não tem um carinho sequer da representação masculina da família.
E por último viu Joana, que também estava no altar como madrinha, ao lado de seu noivo. Uma menina jovem e bonita, que havia encontrado um incrível homem que hoje a tratava como princesa. Só que Joana sofria com sua própria consciência, por ter se entregado a tantos amorzinhos adolescentes e feito até relações sexuais com alguns e hoje, tem um noivo perfeito ao seu lado, que a esperou da forma mais pura possível e ela não podia o retribuir da mesma forma. Sentia-se triste por não ter se guardado só pra ele, mas agora tentava levar um namoro bucólico, com base no que realmente era o certo para uma serva de Deus e para uma vida com certeza de felicidade.
Quando faltavam poucos passos para que Suian chegasse até o altar, olhou para seu lindo noivo e seus olhos se encheram de lágrimas. Fez uma oração agradecendo a Deus por ter a ajudado a superar tudo, desde as suas próprias tentações até os clichês dessa sociedade cada vez mais sexualizada; por ter conseguido passar pelas mesmas propostas e situações tentadoras que suas amigas, mas ter resistido e sendo abençoada com muita sabedoria, soube decidir o que era o mais correto e hoje não tinha do que se queixar, muito pelo contrário, só agradecer. E ainda de poder ter entrado de branco na igreja e com a consciência mais clara ainda de que sim, ela havia se guardado pra um homem só.

‘’Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. ‘’
Eclesiastes 3: 1

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A ilusão do pecado


Julio. 20 anos. Transformado por Jesus.

Acordei mal. Minha mente estava embaralhada e eu não conseguia mais encontrar um sentido pra minha vida. Corri para o banheiro e me olhei no espelho, ali não reconheci ninguém. Aliás, reconheci sim, um ninguém. Naquele momento nem Deus devia estar olhando pra mim, mas... alguém olhava pra mim?! Não.
Olhando mais uma vez para o meu semblante acabado, olheiras roxas, olhar desesperado, uma cicatriz do lado esquerdo a baixo dos lábios – marca da época em que queria absurdamente esquecer – e juntando tudo isso se formava uma feição... triste. Amargurada. Desesperada.
Corri imediatamente para a cozinha, abri o armário, uma saída, era isso que eu precisava, uma saída! E a mais próxima que encontrei foi dentro da primeira gaveta do armário da cozinha – o faqueiro. Com as mãos trêmulas e os olhos marejados, cheguei à conclusão de que aquela era a melhor fuga que eu podia ter. Aos poucos meus dedos encostaram-se à maior e mais afiada das facas, a segurei com toda força e fui correndo para o meu quarto, de frente para o espelho que agora refletia todo o meu corpo, queria assistir a minha própria derrota, ao próprio sofrimento estampado em meu rosto magro e sem vida. Observei a minha mão carregando a faca lentamente até minha barriga e quando faltava apenas um centímetro para a consumação de uma vida inteira de desgostos, a imagem de Caio - meu amigo desde quando eu freqüentava a igreja com minha mãe, uma criança ainda – me veio à mente, fazendo-me lembrar do que ele havia dito alguns dias atrás ‘’Você é especial, cara. Sempre vai haver alguém que te queira melhor, e esse alguém morreu numa cruz, pra te salvar, pra que hoje você não precisasse andar na escuridão! ’’ Soltei a faca. E junto com ela desmoronei no chão, as lágrimas rolaram e eu procurei, como se fosse a última coisa a fazer na vida, o meu celular. Disquei um número e na tela do aparelho estava escrito: Chamando Caio.
Enquanto esperava por ele sentado, agarrado as duas pernas, chorava feito uma criança pedindo o colo da mãe. Caio chegou e parou na porta, seu olhar era de profundo pesar. Hesitou por um momento e foi correndo ao meu encontro, me agarrou e nós dois choraramos toda a dor que havia num coração derrotado pelo pecado e num outro que havia lutado com todas as suas forças para salvar o amigo que amava e que agora suspirava aliviado, vendo a faca caída, intacta.
- Essa vida não é pra você, cara – Caio suplicava e eu colocava pra fora todas as lágrimas que denunciavam aquele meu antigo viver torto, escuro.
- Deus te chamou para a vida e não para a morte. Não se deixe cair em jugo de escravidão novamente! Não!
- Eu quero ser livre. Não quero mais ter essa falsa liberdade do mundo, a liberdade que me engana, só pra depois me levar para o mais profundo abismo. Eu quero ver a luz da vida de novo! – Suplicava.
- Deus te dá toda a liberdade, que vem acompanhada de uma herança eterna. Não permita ser comprado pelas idéias mentirosas e mortais desse mundo perverso e mal. Siga a Deus, tenha a vitória!
- Cristo morreu por mim, né? Ele agüentou tudo por mim, não é mesmo?! Que egoísmo tentar anular todo aquele sacrifício!
Caio olhou dentro dos meus olhos, mais uma lágrima escorreu e ele olhou para o céu, gritando:
- EU TE AMO MEU DEUS!!!!! – e voltando-se para mim, me abraçou forte e completou – E também te amo muito, amigo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Verdadeiro papel

 


Muitas vezes nós só lemos a bíblia por ler. Estamos lendo, mas não prestando atenção no que estamos lendo, na verdade. E quando a gente para pra prestar atenção e entender aquela passagem, nós somos confrontados com muitas coisas dentro de nós. E nesses dias eu tenho pensado muito sobre o meu real papel como cristã, se eu o estava cumprindo seriamente, ou só brincando de ser crente. E eu me surpreendi, aliás, venho me surpreendendo há muito tempo em como eu, você e todo ser humano pode fazer as coisas meio ‘’inconscientemente’’. Se enquadra nisso a questão de vir a igreja, sentar no banco, ouvir a palavra do pastor, ler a bíblia, cantar, escutar o professor falando na escola dominical e até estudar a lição em casa... mas e ai? A mudança que a nossa vida deveria ser por conta disso, realmente é? A gente tem demonstrado a mudança que Deus quer que nós sejamos?
Deus me mostrou que só basta à gente querer O ter na nossa vida, pq a gente o ignora tanto, nós só queremos a parte boa do ser cristão, mas e o ‘’levar a minha cruz’’ onde fica? Será que nós já paramos pra pensar no que significa ser cristão? Crente, não é aquela pessoa que vem na igreja toda semana, ora antes de dormir e tem uma bíblia em casa. Cristão deriva da palavra Cristo, e nos leva a pensar o que? Que no mínimo temos que ter as características de Cristo para sermos cristãos. Hoje em dia existem muitos grupos e tribos que seguem um tipo de pessoa, os discípulos do rock, que se vestem e fazem coisas que seus artistas prediletos fazem, aquela modinha dos coloridos também.. e há anos atrás existia o ícone Marylin Monroe, que todas as mulheres da época queriam ser iguais.. e se pararmos pra pensar, quantos crentes hoje em dia querem ser igual a essa gente? Querem se vestir igual, portar igual.. e eles são humanos tão falheis como a gente! Nós pertencemos ao grupo ‘’Cristão’’ e o nosso grande ícone é Cristo, por fazermos parte desse grupo não seria lógico todos nós tentarmos ser ao máximo parecidos com Jesus? Em tudo? Deus diz que quem quiser servi-lo tem que carregar a sua cruz, assim como Cristo carregou. Cristo foi um radical, tanto foi que ainda hj é lembrado, dois mil anos após sua crucificação. Sua passagem na terra deixou as mais belas marcas e até hoje ele modifica vidas, e nós temos que nos sentir orgulhosos por isso, por fazermos parte da família daquele que foi o mais radical de todos os tempos e segui-lo! E eu me deparei com a seguinte pergunta: Será que eu realmente estou exercendo o meu papel como seguidora de Cristo? Será que quando eu professei minha fé na frente de toda a igreja presbiteriana de mambucaba e na frente de Deus, eu não estava sendo hipócrita? Se seguir a cristo for só vir na igreja e participar das programações me desculpe, mas eu não quero ser crente então. Jesus não me libertou pra que hoje eu ficasse calada, guardasse só pra mim. Quando a gente descobre algo maravilhoso nós não logo mostramos ou contamos pra alguém? Então por qual motivo guardar só pra si um dos maiores tesouros que um ser humano pode ter, que é o amor de Cristo dentro o coração?

‘’Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.’’
Gálatas 2: 19-20

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Carta à juventude


Resolvi inaugurar esse blog com a ''Carta à juventude'' escrita por Rafael Feijão (
http://www.geracaoimpacto.com/) porque ela me mostrou muitas verdades das quais eu tinha esquecido. Que ela também possa falar ao coração de vocês, assim como falou no meu.


Satisfação total, família
Essa é uma carta para a juventude de todas as igrejas do Brasil, aos adolescentes e jovens

Hoje é dia 31 de janeiro de 2011 e estou sentado no meu computador escutando uma música que diz: “Você não vai desistir de viver, vai? Não vai parar e deixar tudo para trás, vai? Não vai querer perder, vai?”. Escrevo essa carta lembrando de uma promessa que está no livro de Daniel: “O povo que conhece o seu Deus se tornará forte e ativo”.
O que nós temos feito como igreja? Qual tem sido o nosso compromisso com Cristo? Porque estamos deixando o ministério de adolescentes e jovens morrer? Porque estamos mais preocupados com os nossos estudos e com a nossa formação acadêmica do que“Buscar primeiro o Reino”? Porque não estamos honrando os nossos pais, ou melhor, porque não estamos honrando o próprio Deus que tem feito tanto por nós e ainda somos ingratos em quase todos os momentos, se não em todos eles?

Na última semana de janeiro participei de um impacto evangelístico chamado “Impacto Arena P.E.A.C.E.” em Duque de Caxias no Rio de Janeiro. Algumas coisas me chamaram a atenção naquele impacto e eu me perguntava: “o que estou fazendo aqui?”. No último dia do “Impacto Arena P.E.A.C.E.” uma declaração de uma pessoa chamou a minha atenção e mudou a minha vida e do meu ministério. Essa pessoa disse o seguinte:“Feijão, você é o melhor líder. Quando saíamos pra evangelizar, quando você falava, me evangelizava também.” Essas palavras mudaram a minha vida de uma forma extraordinária e eu vou te dizer por quê.

É fácil ir para um lugar onde existem pessoas que não conhecem você e falar do amor de Deus para essas pessoas. Mas porque eu não falo do amor de Deus para pessoas que sempre andaram ao meu lado? Porque eu tive que ir para um lugar desconhecido e ouvir essa declaração de uma pessoa que passou apenas sete dias comigo e nunca ouvi essa declaração de pessoas que passaram um semestre comigo, de pessoas que passaram anos ao meu lado caminhando comigo e nunca disseram: “Feijão, quando ando do seu lado sou abençoado pelas palavras que você fala e pela sua vida”. Porque eu nunca ouvi isso? Porque eu não vivia o amor de Deus de fato e de verdade, apenas de língua e de palavra. Estava enganando a mim mesmo, eu estava cego e nu. Estava perdido, mas no dia 29 de janeiro o Senhor me achou. Estava nu, mas fui vestido pelo sangue de Cristo. Estava com sede, mas bebi da água e nunca mais terei sede.

Quero chamar a nossa atenção para a realidade que estamos vivendo, ou melhor, que estamos deixando morrer. As nossas igrejas estão morrendo. Os jovens e adolescentes das nossas igrejas já não estão como antes, mas ainda creio no Senhor. Ainda creio que essa situação possa se reverter se nós nos levantarmos como povo do Senhor e acreditar realmente que o “Povo que conhece o seu Deus se torna forte e ativo. Em de fato “não se envergonhar do evangelho porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”. Eu creio e você? Eu creio no que está escrito e diz o seguinte: “Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos”. O que vamos fazer, família? Vamos continuar vivendo mornos? Sem o amor em nossos corações? Não viver esse amor de fato e de verdade?

Escrevo essa carta, família, crendo que seja um momento de nos levantarmos como igreja e transformarmos não a vida daqueles que andam ao nosso lado, mas peço para que o Senhor reine em nosso coração, que transforme as nossas vidas. Que o Senhor torne o nosso coração de pedra em um coração de carne. Um coração que sinta amor de verdade e não um falso amor domingueiro, aquele amor de culto, aquele amor de acampamento, aquele amor de retiro, que passa. Não quero um falso amor por almas, porque do que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma. Um falso amor pelo ministério de louvor, de coreografia, de teatro, ministério seja lá qual for, mas se não tiver amor é melhor acabar com ele. A árvore que não dá frutos é cortada e lançada no fogo e hoje eu tenho a certeza de que sem Cristo eu nada sou. Do que adianta ter um falso amor pela nossa própria vida? Creio que o amor de Deus pode transformar as nossas vidas, família.
E você, crê? Ele transformou a minha.

Leia, pense e passe essa carta pra frente. Ela pode salvar um ministério. Ela pode salvar uma vida. Ela salvou a minha.

Rafael Feijão
Nova Friburgo – RJ